sábado, 26 de novembro de 2011

O meu departamento de títulos está confuso


Sacristas, tenho novidades. Ontem bateram-me no carro. Carro de mercadorias em manobras alucinadas, batida grande. Eu não estava lá dentro mas houve testemunhas que me encontraram e me transmitiram a matrícula. Chego à esquadra, introduzem a matrícula no espectacular sistema informático interno, não conferia com a descrição do carro. Estava errada. A testemunha insiste, diz que anotou no telemóvel e tudo (tou mesmo a ver, erro de digitação). Ao mecânico espera-lhe uma prenda de Natal de uns mil euros, isto se não houver lesões internas, o que está por apurar. Ao filho da puta que me arranjou este camadão de despesa e trabalho: ide-vos foder.

Entretanto e ainda com refinadas trombas acabo de receber esta fotografia no telemóvel. É o nosso objectivo para amanhã.


Serra de Montejunto, situada entre os concelhos de Cadaval e Alenquer, pertencente à cordilheira do sistema Montejunto-Estrela. A beleza da foto é uma ilusão, não revela a brutalidade do que nos espera, on National Geographic já ouvi dizer que há muitas mulheres assim e é reconfortante saber isso porque pensava eu que só me acontecia a mim. O ponto mais alto está a 666 metros de altitude e o percurso prevê um desnível acumulado ascendente de 1177 metros. Não conheço o piso mas penso que se dividirá entre trilho e estradão. Considerando o carácter competitivo da nossa Cycling Team, desconfio que só não vai valer arrancar olhos.

Agora vou ali reflectir sobre coisas que me ensinaram em pequeno ser mais importantes, que depois tenho que ir receber uma lição sobre como comprar um par de calças. Devia ainda tentar terminar umas leituras de literatura que começam a acumular-se. Acho que antes de reflectir sobre aquilo vou reflectir sobre isto. Ah, e ainda tenho que tirar trinta segundos para renovar a minha incredulidade perante as decisões dos senhores do BCE, que teimam em manter o mandato único relativo à estabilidade de preços. Só vão imprimir guito quando entrarmos numa espiral deflacionista, não é seus cabrões? Precisam de desculpazinhas para não darem o bracinho a torcer, não é? Não vos chega esta merda toda. Grandessíssimos.
Como já percebeu o auditório, estou um bocado. Assim, com a vossa licença vou ali.



5 comentários:

Anónimo disse...

é lá?!?!?! tás mesmo zangado! eu a pensar que continuavas a ser aquele rapaz polido que conheço e que não sabias dizer asneiras e afinal!!!!??? vais descarregar toda essa ira no percurso quete espera. bom trabalho de músculo.

Rainha das Bichas do Chiado disse...

Para mostrar que percebo de botânica, saliento que em temos a serra em causa teve uma das melhores manchas de carvalho-cerquinho do mundo, sim do mundo, da subespécie que mais abunda na Estremadura, pois há outra no interior, e ainda outra no barrocal algarvio, essa quase extinta.

Miguel disse...

Mas tu és o Galopim de Carvalho das plantas? Pensava que eras só uma bichona lá do outro burgo... seja como for, recebo a info com uma vénia. É de valor. Este tasco está sempre aberto a infos desse calibre.

Delfim disse...

foi falta de tempo. temos que pedalar mais e fazer menos ronha... :)

Anónimo disse...

ide-vos foder que a serra do Montejunto é linda. É bom para nos sentar-mos debaixo de um pinheiro, em cima de uma pedra, com sorte ainda cagamos o cu todo porque nos sentamos em cima de um caracol, continuando o meu raciocinio, é um bom sitios para reflectir sobre problemas, como por exemplo, o crescer das orelhas e nariz que nunca para, e como é obvio fumar umas charradas! Não me levem a mal caros cibernautas estou só a dar um pouco de animo a este blog. Visitem a serra do montejunto, um habitante de cabanas de torres ( a aldeia situada no sopé desta linda serra ), é que vos está a dar está informação.
Cumps