sexta-feira, 4 de novembro de 2011

As bases, as bases!


Em jeito de comentário ao post do JAA aqui, dizia eu: o que me parece absolutamente lógico é que a Alemanha não queira abandonar o projecto europeu. O interesse maior é, muito evidentemente ou nem tanto assim, dos mais fortes. A questão é que o projecto europeu - este projecto europeu - tem funcionado do ponto de vista comercial, mas não funciona do ponto de vista político nem, sobretudo, cultural. Ora, quando os naturais problemas financeiros, que são parte integrante de qualquer crescimento económico, surgem, é ao sistema político que cabe resolver, e à cultura que cabe absorver. Se a cultura não preparou a política, dá-se o que está a suceder, que é o cair do pano sobre anos e anos de um castelo de cartas disfarçado de projecto europeu. Este projecto europeu, construído sobre uma manta de retalhos cultural e política que constitui a nossa Europa. Este projecto europeu, que não soube criar um sistema financeiro que admitisse, que colmatasse, que atenuasse as brutais assimetrias culturais e políticas - e, por conseguinte, económicas - entre os seus Estados.


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