quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Levantar voo e aterrar no mesmo sítio


Os meus sonhos condensados em 10 posições, ou o que tenciono ser quando for grande. Por ordem de preferência:
  1. Cantor Rock
  2. Actor de cinema
  3. Escritor
  4. Investidor, Warren Buffett style
  5. Trader (porque dizem que é de valor ser persistente. Resta saber se juntando estupidez natural ainda valemos alguma coisa)
  6. Piloto de fórmula 1
  7. Dono de uma roça em São Tomé
  8. Detective
  9. Tenista ou Pugilista
  10. Arquitecto

As notas - porque qualquer lista que se preze as tem - são as seguintes: 

i)             ter aquele 4º e aquele 5º na mesma lista e ainda por cima juntos é muita falta de vergonha na cara, eu sei. É com ausência de personalidade que peço perdão;

ii)                o camadão de trabalho que me deu decidir a ordenação do top 3.

 Informo ainda que no caso improvável de não me quererem em nenhuma das actividades acima mencionadas (excepto a de trader, que já me arruinou a vida), gostaria de ser Rei. Mas tinha mesmo que ser Rei daqueles que reinam e tudo, não podia ser Príncipe Consorte nem podia haver parlamento, o Consorte porque é um fantoche, e monarquias parlamentares porque são cenas a fingir que eles inventam só pa gozar com o Rei e retirar-lhe protagonismo e eu acho isso uma falta de consideração e má gestão do erário público.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Em 2012 and beyond

Daquelas coisas que sabemos bem e que adiamos constantemente, o que torna uma vida que já é curta, mais curta ainda.



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Quem procura sempre alcança, diz o adágio. Finalmente, aqui está uma versão youtubesca do "Don't stop me now" dos Queen. A qualidade da imagem e do som é má, mas isto é mesmo uma raridade, portanto releva-se. Apreciem.



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

É Natal, É Natal, bla bla bla


Tenho a cabeça toda arruinada. Sinto-me impotente para resolver um problema que chegou à bruta e sem pedir licença, o cabrão. Pouco me consola saber que mais doloroso do que o sentimento de impotência é o sentimento de culpa, este último que não tenho. Mas se este é doloroso, aquele é desesperante, o que mói pa xuxu. 
Escapa-me por entre as mãos e afigura-se-me tudo tão surreal e tão injusto. Estou vazio de explicações, mas cheio de convicção, e é isso que me aguenta. Disseram-me um dia que o tempo cura tudo sabes, de maneira que em breve terei esquecido e voltado a olhar em frente. Disseram-me um dia que era assim.

É Natal e merecemos todos não-sei-quê. Não estou para cenas cocó tipo o ‘A todos um bom Nat-taaaaalll’ cantado pelas eternas criancinhas do Coro de Sto. Amaro de Oeiras. Portanto, fui ali ao baú e retirei este quase surreal (bem a propósito) ‘Father Christmas’ dos Kinks, tema de 1977. A letra é esta e a canção segue no final. Divirtam-se todos muito que eu também não. Espero ainda ter uma réstia de cérebro para voltar aqui com os votos de Ano Novo. Bem-hajam.


When I was small I believed in santa claus
Though I knew it was my dad
And I would hang up my stocking at Christmas
Open my presents and Id be glad

But the last time I played father Christmas
I stood outside a department store
A gang of kids came over and mugged me
And knocked my reindeer to the floor

They said:
Father Christmas, give us some money
Dont mess around with those silly toys.
Well beat you up if you dont hand it over
We want your bread so dont make us annoyed
Give all the toys to the little rich boys

Dont give my brother a steve austin outfit
Dont give my sister a cuddly toy
We dont want a jigsaw or monopoly money
We only want the real mccoy

Father christmas, give us some money
Well beat you up if you make us annoyed
Father christmas, give us some money
Dont mess around with those silly toys

But give my daddy a job cause he needs one
Hes got lots of mouths to feed
But if youve got one, Ill have a machine gun
So I can scare all the kids down the street

Father christmas, give us some money
We got no time for your silly toys
Well beat you up if you dont hand it over
Give all the toys to the little rich boys

Have yourself a merry merry Christmas
Have yourself a good time
But remember the kids who got nothing
While youre drinkin down your wine

Father christmas, give us some money
We got no time for your silly toys
Well beat you up if you dont hand it over
We want your bread, so dont make us annoyed
Give all the toys to the little rich boys




sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


Bal du moulin de la Galette - Pierre-Auguste Renoir, 1876

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Origens


O conceito português de nacionalidade, que é distinto do dos seus vizinhos, tem por base o sentido que lhe era dado no antigo Império Romano. Para os espanhóis, a ideia de nacionalidade baseia-se essencialmente nos antepassados, de tal modo que sempre que se procede ao registo de uma criança é inscrita a sua linhagem nas últimas três gerações. O conceito tradicional inglês baseia-se na etnia, no ser “anglo-saxão”, para quem era muito importante o local onde se nascia. Tal como ser-se cidadão romano, ser-se português é um estado de espírito, é a aceitação, em sentido amplo, da cultura nacional, é uma maneira de ser.

Do livro “A primeira aldeia global”, de Martin Page. Estou a ler. E acabo de descobrir que este autor inglês, já falecido, produziu o mais inspirador livro que jamais li sobre a história do meu país. E tanto que eu precisava disto neste momento, senhores. Nada me resolve, mas ensina-me as origens, explica-me, já conseguiu comover-me e aconchega-me a alma. Determino que se arranjem, pois têm que ler este livro.

Ali mais à frente, um encontro imediato do 3ª grau com a consciência de outros tempos, para o qual até pensei que estava melhor preparado. Tanta evolução e tanta coisa que, embora com outro embrulho, fica na mesma:

No ano seguinte, Eanes, juntamente com outro comandante, Afonso Gonçalves Baldaia, dobrou de novo o Bojador, tendo prosseguido mais para sul. Desembarcaram numa baía, onde encontraram, na praia, pegadas de pessoas e de camelos.
O primeiro encontro, de que se tem conhecimento, entre europeus e africanos ocorreu em África, no ano seguinte, em 1437. Não foi, no entanto, propício. Baldaia tinha partido de Lagos, no Algarve, com a missão específica de capturar pelo menos um africano e trazê-lo vivo.

(….)

D. Henrique, montado a cavalo, ali se encontrava para os receber e reclamar pessoalmente a quinta parte a que tinha direito. Relata o seu cronista, Azurara: “Antes do alvorecer do dia 8 de Agosto de 1444, por causa do calor, os marinheiros desembarcaram os prisioneiros e conduziram-nos até um descampado no exterior da cidade. Alguns deles tinham uma pele relativamente clara, mais clara do que a dos mulatos. Se uns eram bem-parecidos e proporcionados, outros tinham feições e figuras tão medonhas que pareciam chegados do Inferno. Mas quem, de entre nós, seria tão insensível que não se deixasse dominar pela compaixão? Estavam cabisbaixos, com os rostos cobertos de lágrimas. Alguns deles olharam o céu, aparentemente em oração dirigida a quem quer que fosse o seu deus. Vi alguns esbofetearem-se e, depois, estatelarem-se no chão.
Lamentavam-se e, embora não entendêssemos as suas palavras, manifestavam claramente a sua mágoa.
A sua angústia atingiu o auge quando chegou a altura da distribuição. Para que ela fosse equitativa, foi preciso separar pais de filhos, maridos de mulheres, e irmãos. Era impossível fazer a partilha sem lhes causar uma dor extrema. Os pais e os filhos, alinhados em lados opostos, rompiam fileiras e precipitavam-se em direcção uns aos outros. As mães apertavam as crianças nos braços e atiravam-se ao chão para os cobrirem com os seus corpos, na tentativa de impedir que fossem separados.”

(…)

A escravatura não deixava de ter os seus críticos, entre os quais se incluíam alguns familiares do próprio infante. Escrever Azurara, o cronista de D. Henrique: “São tratados com grande bondade e não se fazem distinções entre eles e os servos portugueses que nasceram livres. Aos jovens, ensinam uma profissão. Aqueles que revelam capacidade para explorar uma herdade são libertos e casados com mulheres portuguesas. Os amos dão-lhes um bom dote, para ajudar à sua independência. As viúvas que albergam escravas educam-nas como se fossem suas filhas, contemplando-as nos seus testamentos, de modo a que possam casar bem. São olhadas como mulheres absolutamente livres. Nunca tive conhecimento de que qualquer um destes cativos tivesse sido posto a ferros, nem soube de nenhum que não tenha sido tratado com grande bondade. Sou frequentemente convidado por donos de escravos para o baptismo ou casamento de um deles, havendo tanta cerimónia quanto festejo, como se se tratasse de um membro da família.”

(…)

A escravatura só foi declarada ilegal em Portugal e os escravos libertos em 1773. Ocorreu um ano antes da Inglaterra e 39 anos antes dos Estados Unidos. Todo o comércio de escravos realizado pelos portugueses só foi, no entanto, proibido em 1836. Tal como aconteceu em outras partes do mundo, também em alguns territórios ultramarinos portugueses a escravatura, frequentemente referenciada por outros nomes, como, por exemplo, “trabalho de aprendizagem”, permaneceu durante muito mais tempo.


E agora vou ali à procura de um tasco que me sirva um cozido à portuguesa, que antes de ser comida de escravo foi-o de legionário romano.



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Skank

Vamo lá, galera. Do melhor Rock in Rio de sempre, o de Outubro passado no Rio de Janeiro, aqui está o melhor show de sempre do festival, o do Skank (que é também a minha banda brasileira favorita, obrigado). Completo. É tudo bom, mas quero destacar “Acima do sol”, “Três lados”, o clássico “Garota nacional” e “Sutilmente” (que balada do caralho, lindo demais). Samuel, és Grande. Malta, já tão habituados ao ritual: phones, volume máximo, 1... 2... 1... 2... 3... yeah!







E porque o “Sutilmente” merece um vídeo com melhor sonoridade, aqui fica isolado, de um concerto no Mineirão no início do ano. Ainda hei-de postar mais clips desse concerto absolutamente memorável, ao nível daquele do Rock in Rio, tal foi o calor que se gerou com a multidão. Neste concerto é evidente a comoção do Samuel, e isso é uma cena que entra em mim e me contagia, de maneiras que é isso.




quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Blue


Ensinaram-me a gostar de jazz quando tinha catorze anos. E ensinaram-me que é preciso ensinarem-nos a gostar de jazz para que ele se entranhe e nunca mais nos abandone. Um amigo de infância que acabaria por se tornar músico a sério, daqueles que tentam ganhar a vida assim e tudo. Passei a juventude e tornei-me adulto sempre acompanhado disto, ou tanto quanto é possível para um garoto simples dos arredores de uma capital de país pequeno e provinciano, deslumbrado e atento a este som novo diferente que vinha lá da América. Ainda que passem períodos em que oiço pouco é como um amor incondicional, um amor assim de mãe ou de pai, em que não é preciso estarmos sempre lá para sabermos que ele está sempre lá para nós… e depois, quando nos apetece estar, sabe-nos sempre como o regresso às origens, recebe-nos sempre de braços abertos e sem mágoa. A força com que me vêm memórias de juventude agora que escrevo isto, vou-vos contar! Hoje estou coiso e preciso de enfiar o Blue in Green no cérebro com phones bem colados nos ouvidos porque preciso não deixar escapar nenhuma nota. É que este tema, todo ele, compreende-me e aconchega-me como nenhum outro. Tristeza? Quando sim, é com cada nota dele que a embalo e engano.
Do álbum Kind of Blue, o melhor álbum de sempre do senhor Miles e um dos melhores álbuns de jazz que já se fizeram, na vossa opinião. E o Bill Evans ali no piano, oquéisto… não merecemos tanto.

Enquanto preparo o link, sorrio. Lembro-me de uma conversa curta faz tempo:

-- Eu gosto de saxofone. Qualquer tema que tenha saxofone já me conquista um bocadinho – disse ela.
-- Ah, mas a trompete! A trompete penetra-te com uma violência feroz e consegue ser tão triste quanto tu, consegue encontrar-te lá no fundo, quando quer – disse eu, tentando explicar o sentimento que encontro da trompete sobre as pessoas.
-- Mas eu sou triste?! – admirou-se ela.
Eu sorri, pensei “não entendeste”, depois percebi que tinha sido uma piada dela. E disse: Ouve o Blue in Green, tens lá um bocadinho de Coltrane no meio, pronto. Mas olha, não oiças se não estiveres em baixo, blue.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

De lá de cima


À segunda foi de vez. Conquistámos o pico da Serra de Montejunto às 13:52h de ontem. Da primeira vez ficámos por volta dos 400m de altitude. Problemas físicos e mecânicos inesperados fizeram-nos desistir e voltar para trás. Uma semana depois, e porque somos de boa casta, voltámos ao campo de batalha e a serra não se ficou a rir. Conto-vos como foi.
O jogo não era simples. Em vez de subir directo ao pico, o percurso todo-o-terreno previa serpentear pela serra sujeitos a subidas e descidas alucinantes, para um total de desnível acumulado ascendente de cerca de 1200m. O clima estava frio, mesmo frio, e nublado. Diferente da primeira vez, era agora ameaçador, ao desafio, como se a serra tivesse cerrado os dentes descontente por termos regressado. Depois de horas a pedalar em todo-o-terreno e sem um único problema mecânico, deparamo-nos com uma subida impressionante sobre pedra calcária desagregada que nos fez desmontar a todos (se fosse granítica a história seria outra) e subir a pé. É evidente que para uma montanha que se preze isto é baixa altitude, mas mesmo assim tão inóspito que isto é!, lá se fez, e no meio do esforço dou por mim espantado com a ideia dos antigos a povoarem sítios destes há centenas de anos atrás.
Nesta altura os rostos já não disfarçam o cansaço e um dos meus amigos bttistas que convoquei à última hora quebra valentemente. Já ficava para trás em todos os troços enquanto certamente me desonrava de tudo, mas aqui foi o golpe de misericórdia. É então que vislumbramos o ataque final às antenas e radares que se encontram instalados no pico. Senti-me surpreendentemente bem a negociar a subida final, agora sobre asfalto. A vontade faz milagres e trepo renascido. Aos 666m de altitude e com um frio de rachar, a visão era sublime. Mesmo o meu futuro ex-amigo que ainda hoje de manhã me disse que tinha “ligeiras dores e dificuldade em andar”, ahah, gostou tanto que me pediu que lhe tirasse uma foto lá em cima para emoldurar e meter na parede do escritório. 

Falta-me o necessário talento para descrever a sensação de estar lá em cima depois da barbárie física a que me sujeitei e mesmo uma fotografia não lhe faz jus. Só me ocorre dizer o seguinte: como se nada mais existisse, é todo um cérebro que só se lembra de sorrir. É libertador, senhores.


Aos 400m de altitude, da primeira tentativa. Céu limpo e radioso, parecia que estávamos num avião a olhar cá para baixo. Arrepiante.



 


No ponto da vitória, com as nuvens mais próximas do que nunca quase a brincarem connosco. Se mais montanha houvesse mais íamos atrás delas, tenho a certeza. 






sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Organização


Sou proprietário de um Filofax tamanho a-cinco de cor preto-da-Guiné. É um Filofax original, por isso usei maiúscula, senão teria escrito filofax. Já o tenho vai pra muitos anos e só agora começa a ficar roto nos cantos porque eu sei estimar as coisas como ninguém, a sério, não estou a brincar - já com as gajas é toda uma outra problemática, mas creio não estarmos a tratar disso.

O meu Filofax é assim como uma empresa porque tem departamentos. O departamento ‘agenda’ termina com a folha one-day-on-a-page-style do dia trinta e um de Dezembro, mas depois desse há mais departamentos constituídos por separadores com folhas branquinhas e outras quadriculadas, coisas desenhadas, esquematizadas, escritas, e até algumas mais confidenciais que estão em código, não vá algum olhar indiscreto topar e lixar-me o esquema.

Sou alvo de chacota por parte dos meus amigos modernos por andar com um artefacto destes. Eu próprio, vindo de onde venho, tive muita dificuldade em aceitar-me assim. O certo é que um colega já o considerou uma obra de arte depois de o abrir e folhear; fiquei a sentir-me vitorioso, até dormi muito bem nessa noite e tudo. Por razões de vária ordem, para mim uma agenda barra caderno de notas tem mesmo que ser uma cena em papel, não dá tabeletes da Apple nem me chega o Blackberry do qual sou dependente, além de que o Outlook só me serve para os emails. Evidentemente, nunca poderia afirmar para além de qualquer dúvida que a agenda de papel é a solução certa para mim sem antes ter experimentado tudo (dispenso piadinhas fáceis), coisa que fiz aturadamente e que ainda faço de vez em quando só para ter a certeza de que ainda gosto dela mais do que das outras, mais modernaças. Não sei se estão a ver a base teórica que nasceu aqui e que vou aproveitar para outro post, a ver se não me esqueço. A criatura mulher é que é capaz de não achar muita piada…

Recordo-me com nostalgia de um dos principais dramas que passei aquando do processo de escolha da besta: onde arrumar a caneta – porque tem que haver algo que escreva acoplado àquilo. Mas a Filofax é uma empresa de bem e tem soluções para pessoas como eu, de maneira que o modelo pelo qual me embeicei (‘modelo pelo qual me embeicei’?...  este post está uma bela merda está) tinha uma versão com uma pen loop, não sei dizer isto em português, mas é uma cena que parece uma argola para segurar a caneta. Só faltava descobrir uma caneta que servisse. Andei angustiado durante dias até encontrar na Rotring o que precisava e não fiz por menos, alambazei-me logo a uma 4-pen, que é um equipamento de escrita muito versátil: os senhores da fábrica pegam em mini recargas de várias cores e metem tudo dentro de um cilindro metálico bonitinho e elegante e aquilo tem um mecanismo muito à frente que permite que a gente escolha qual a cor com que quer escrever mediante inclinação do cilindro. Nos modelos mais sofisticados - o meu - os senhores conseguem meter lá dentro também uma lapiseira, o que constitui um grande consolo só vos digo.
Durante anos vivi amedrontado se um dia perdesse a 4-pen e não conseguisse encontrar outra que ficasse à justa no loop, sendo que o medo ganhou contornos dantescos quando oiço que a Rotring tinha ido com os porcos, boato que me foi transmitido com uma convicção ministerial por uma empregada de papelaria lá na cidade suburbana onde eu vivia: nessa altura eu era ainda jovem adulto, tinha muitas borbulhas que me fodiam o juízo até à loucura e acreditava nas coisas ditas pelas pessoas, para além do mais ainda não existia a Wikipedia nem os blogs. Ou então não tinha ligação à internet, já não me lembro bem.

No meu Filofax tenho uma folha que passo sempre de ano para ano e que diz… Ah! Recordei-me neste exacto instante porque comecei o post. Ia escrever só uma frase ou duas e assim fiz, mas depois comecei a tentar lembrar-me da razão pela qual tinha começado e fiquei irritado porque não conseguia, de maneira que fui escrevendo até me conseguir lembrar. Lembrei-me agora, portanto já posso parar de debitar, adeusinho e passem bem.


P.S. Também sou consumidor de Moleskines quadriculados. Têm que ser quadriculados. Desculpem.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

How much for a good conversation and a half bottle of Jack Daniels? Priceless.