Premissas:
O funcionário
António é encarregado de construção civil, tem competências específicas ao
nível da execução, nomeadamente é um profissional hands-on, com “jeito” para a
realização de trabalhos vários, ou seja, extravasa as competências tradicionais
de um encarregado, e está na empresa há vários anos. Naturalmente, a realização
de tarefas hands-on é específica e só é rentável em condições muito
particulares.
O
funcionário Bernardo é encarregado geral de construção civil, ou seja,
tipicamente tem competências e conhecimentos para gerir um grupo de
encarregados, para além de que é mais “forte” do que António na gestão de
empreitadas na função de encarregado (por exemplo, em empreitadas de maior
dimensão consegue realizar tarefas de gestão documental). Porém, falta-lhe a
competência ou, melhor dizendo, a disponibilidade mental, para tarefas
hands-on, em virtude do estatuto profissional que alcançou (deve notar-se que é
extremamente difícil conseguir levar um encarregado geral a realizar tarefas
hands-on de forma sistemática). Ainda, está na empresa há bem menos tempo do
que António.
Desde
que Bernardo está na empresa, os dois nunca se cruzaram em nenhuma empreitada,
sendo que António desempenha as funções de encarregado das suas empreitadas, e
Bernardo faz o mesmo nas dele. Uma nota para dizer que, na empresa em causa, Bernardo
não aplica os conhecimentos de encarregado geral, porque não tem havido
oportunidade para isso. Acresce o facto de que é patente uma certa rivalidade
entre os dois, por motivos que não vêm agora ao caso.
Problema:
O
contexto económico deteriorou-se bastante e em face de, nomeada e mormente, a
escassez de trabalho, chega-se a uma situação em que António está desocupado.
Sucede que a empresa consegue fechar contrato para uma empreitada para a qual,
em teoria, deveria ser nomeado como encarregado, o funcionário Bernardo.
Hipóteses:
Ora, considerando
a situação de excepção referida no início do parágrafo anterior, as várias
possibilidades são:
- Colocar Bernardo como encarregado da empreitada, mantendo António desocupado, com o consequente prejuízo financeiro para a empresa visto que este representa um custo fixo directo.
- Colocar António como encarregado da empreitada e, para além de lixar esta merda toda, correr o risco de deixar Bernardo desocupado, o que ainda acarreta um prejuízo maior do que a solução a.
- Colocar Bernardo como encarregado da empreitada e…. tcham tcham tchammmm… (golpe de teatro à vista!)… colocar António também na empreitada, mas como subalterno de Bernardo (oh, loucura! oh, solidão!), com a agravante de que António seria SÓ hands-on, ou seja, nem sequer desempenharia as funções de encarregado. É evidente que, nesta solução, as tarefas desempenhadas por António sairiam muito mais caras do que se contratasse pedreiros para a execução dos mesmos trabalhos, por exemplo, visto que um encarregado a assentar tijolo sai mais caro do que um pedreiro a assentar tijolo, como é bom de ver! Contudo e porém, sai mais barato do que ter o homem completamente parado. Esta solução configura um quadro de alta tensão entre os dois funcionários, o que implicaria uma gestão de mestre.
- Iniciar um Ponzi Scheme.
- A vida deveria ser mais simples, tipo projectar uma central nuclear de vez em quando.
- Viver na Suécia.
- Tenho uma solução melhor que é ……………….. (preencher o espaço em branco).
Oferece-se
um pacote de pistáchios ainda por abrir à primeira pessoa ou animal que
acertar.
P.S. qualquer
semelhança com nomes ou profissões é pura coincidência, está bem?
1 comentário:
Ganda drama esse..........não sou eu que ganho os pistáchios.
Enviar um comentário