sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Don't stop believing


Tentei um cabelo assim. Mas ele não crescia liso e tratá-lo com o secador era um bocado fanchono, mesmo para a época. Desisti. Com grande pena. Da minha avó, essencialmente - porque a seguir iniciei uma campanha multianual em que cortava com máquina 1 e ela aborrecia-se para lá de muito com o facto. Muito mais tarde voltei a tentar, com a esperança de que talvez as alterações hormonais tivessem produzido o milagre do alisamento por via do comprimento da madeixa (no fundo, era tipo achar que se o cabelo fosse meeeeesmo comprido, a força gravítica o forçaria a ficar como que mais ou menos escorrido). Enganei-me, logicamente. É tão triste quando um homem feito ainda acredita em mitos parvos, como por exemplo acreditar que é possível e, pior ainda, com um certo e determinado grau de probabilidade, que uma super model se apaixone por ele, sendo que para isso bastaria conhecer alguma. Voltei a desistir - do cabelo. Hoje em dia voltei a não ter estilo algum e, portanto, voltei à máquina (para gáudio do barbeiro, que até saliva cada vez que me vê entrar, não só porque lá vou amiúde, mas principalmente porque me subtrai 9,50€ em 15 minutos de trabalho), o que me aborrece, agora a mim próprio. É a vingança dela - da minha avó -, coitadinha, que Deus a tenha em descanso.



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