quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Bolsa

Nota rápida para me congratular com o meu esplendoroso bom senso e visão estratégica, mas ao mesmo tempo miserável sentido de timing e total ausência da noção de 'alavancagem com limites', sem ser à bruta: reestruturaram a dívida grega (ou, em americano, um haircut). Está aberto o caminho certo para a resolução dos problemas que assolam o mundo financeiro e, por consequência, o económico. Não se encontrou uma solução, mas encontrou-se o caminho certo. Há meses e meses que os tipos do lado de lá do Atlântico dizem que a solução é esta, mas aqui deste lado é tudo muito lento (providencial, o post anterior, hem?).
Afinal de contas, não é preciso ser-se grande expert para se fazer umas contas relativamente simples e perceber que ninguém vai conseguir pagar dívida pública nenhuma em montantes que as tragam para percentagens do PIB decentes para países europeus, isto tendo em conta o nível das mesmas e, acima de tudo, as regras financeiras da União que impedem, por exemplo, que se imprima dinheiro. A teimosia em perceber esta evidência é uma teimosia eminentemente política, eleitoralista e, por conseguinte, absurda e retrógrada. No fundo, no fundo, é tudo um problema político. Ou, mais ainda, de cultura. Voltarei a este tema quando voltar, está bem?
Isto tudo para dizer o quê: lá estão os filhos-da-puta dos futuros do S&P a subir que nem uns patetas alegres! Porquê?! Mas porquê?! Não havia necessidade disto. Porque é que não fazem as coisas como deve ser, tipo, sem estes enredos e sem estes suspenses?! Há gente que aposta dinheiro em como vocês vão ser parvos durante mais tempo, sabiam?


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